Sala das vozes

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A vida sem volta

Num vasto nevoeiro, numa fria e sombria rua sobre a luz da lua, escutei gritos, gritos desesperados, que do qual, me inspiravam na vontade, de sugar o liquido da sobrevivencia.
Decidi seguir, mas quanto eu mais ia ao horizonte, mais se afastava. Parei e sentei num tipico túmulo a beira da estrada. Era o túmulo de meu pai. Não o via a séculos. Jamais pensaria que este seria meu pior reencontro com alguém que eu realmente amava.
Mas realmente não saberia, de certo, se estava sonhando ou se era fruto de minha imaginação.Apenas sei que o que vi, era realidade. Pude tocar, sentir e limpar a areia que cobria seu nome. Voltei para cidade de onde eu o tinha visto pela ultima vez. Fui até a rua de minha casa, bati na porta mas ninguem atendeu. Entrei silenciosamente, subi as escadas e vi minha mãe dormindo, com um cobertor negro lhe cobrindo. Chamei calmamente pelo seu nome:'' Filha é você?Vc realmente voltou? Não é mais um mero sonho?"''Não mãe, isto não é mais um mero sonho, sou eu mesma, Victoria".
Levantou da cama e me abraçou fortemente. Perguntei sobre meu pai, mas nem se quer quis tocar no assunto. Então, perguntei como estava indo os dias por lá, ela havia me dito que passaram por muitas dificuldades desde que sai de la.
Passado mais ou menos um ou dois meses, fiz a mesma pergunta. Ela soubera que era a hora de contar, mas me mandou ser forte.
"Bom filha, tudo começou quando eu sai para procurar emprego. Seu pai havia ficado em casa.Segundo a perícia, ele estava assistindo televisão quando um assassino entrou e o apunhalou pelas costas depois de, mais ou menos, uma meia-hora que havia saido. Pelo que notei na hora que havia retornado, seu pai estava com uma marca, ou melhor, duas marcas no pescoço, como se tivera sido mordido. Filha, vc tera que viajar novamente, ir pra casa de sua avó, esta cidade está muito perigosa para vc, comprarei sua passagem hoje mesmo." "Mas mãe, só um minuto, como assim "duas marcas no pescoço"? ". "Filha não temos tempo, vai, vamos, ligue o carro."
Fiz o que ela mandou, liguei o carro e comprei a passagem, mas no meio do caminho, pensei, se eu estava com o carro pra que as passagens? Comentei isso com ela, mas esta havia me dito para continuar e não parar.
Quando me dei conta eu estava na estrada que encontrei o túmulo de meu pai. Estava aberto. "Tarde de mais"-disse minha mãe. "Como assim, tarde demais?" "Seculos atras havia um clã chamado Escuridão. Este grupo eram dados como Vampiros Noturnos, saiam a noite para caçar pessoas e fazer delas seus (as) escravos(as). Isso quer dizer, que seu pai não foi morto por um assassino qualquer, ele foi morto por um ser da escuridão."
Sim eu ficara paralizada, não conseguia mais seguir enfrente, parei o carro, desci. Apenas lembro do grito desesperado de minha mãe e uma mão ao meu ombro. Não sei até hoje o que aconteceu comigo, apenas sei que jamais serei, novamente a mesma menina. Enquanto a minha mãe, sim ela esta bem, ardendo no fogo do inferno eternamente.