Sala das vozes

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Perdida em Meus Pensamentos..

A vela se apagou
Com uma simples brisa
Leve e quase imperceptível
Mas que acabou levando tudo

Caminho agora entre a névoa
Sem rumo algum
Apenas a procura de paz
Mas sei que não encontrarei

Em passos lentos vou subindo os degraus
Noto que quanto mais avanço,
Mais o ar me falta
Oh agonia sufocante!

O vento gélido corta minha pele
Quase não ouço o som do silencio
Aqui, só vejo solidão
Caminho sem fim

A dor dentro de mim aos poucos cresce
Desesperadamente começo a gritar
Ninguém me escuta!
O meu fim é sozinho

Tudo mais uma vez se apagou
A solidão e a tristeza deram as mãos
E nesta corrente me encontro novamente
Sozinha e triste, clamando apenas pela morte

Poeta defunto sou,
Derramando o suco mais doce,
Da rosa mais linda

Entre minha alma outra vez...

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Mais Uma Vida

Sombras
Escuridão
Medo
Solidão

Vozes em minha mente
Atormentam-me
Machucam minha alma
Será isso um exorcismo?

Vejo o fogo sucumbir meu corpo desde os pés
Minha carne, aos poucos se torna pó
Cheiro de carne humana queimada
Meus pensamentos aonde foram?

De repente, tudo se apagou
E a sinfônica onda marinha toca meus pés
Aqui será o mundo real?
Onde estão todos?

O vento sopra em meus ouvidos
Sinto finalmente a paz,
Liberdade,
Posso ser quem eu sou

A pequena onda toca meus pés
Que prazer é este?
Tão delicada,
Pena, tenho, de tocá-la

Fecho os olhos
Tento não pensar em nada
Isso tudo é apenas o descanso eterno
Violinos soam ao fundo

E aqui em mais uma vida permaneço
Desta vez em plena paz
Do mundo real parti
Agora aqui é meu lugar.

Anjo de Gelo

E assim ele reza
Por algo que não existe
Sempre triste e sozinho
Segue pelo mesmo caminho

Ó anjo de gelo
Tão pálido quanto à luz do luar
Tão gélido quanto o sentimento que em mim remete
Mas tão belo quanto à noite

Descansa-te, ó anjo, neste tumulo
Sempre olhando para a morte
Triste com a vida
Mas alegre com a solidão

Calado sofre
Por alguém que já se foi
Lágrimas de sangue jorram de sua alma
Vindas do coração, congeladas também estão