Sala das vozes

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O Vento Frio do Desamor

Naquele dia, à meia-noite
A sinfonia noturna soou novamente
Mas desta vez diferente
Triste e sublime

Esbanjando dor e sofrimento no ar
Solidão e tristeza
Mas tinha algo inédito
O desamor estava vivo novamente

Todos pelas ruas chorando
Derramando de dentro de sua alma
Embora calados
Embora frios externamente

Seres noturnos que sempre viveram por entre as sombras
Hoje na luz vêem que tudo o que queriam
Tornaste um pesadelo
Sozinhos e calados, sofrem

Escrevo estas verses a sangue
Pois cada gota que sai da minha alma
É um sofrimento dentro do meu coração
Que não para de sangrar

Por mais que eu GRITE!
BERRE!
ENLOUQUEÇA!
Tudo retorna novamente

Mas por alguma razão
Neste mundo sombrio
Ainda sinto o amor

Eu ainda te sinto

Lágrimas de Sangue

E o vento soprou naquela tarde fria de inverno
O que despertou em mim a chama do inferno
O ódio escondido em mim agora está desperto
As cinzas da minha alma estão a cair
 
Todo o amor que eu tinha,
Escoou-se pela minha face
Através de lágrimas de sangue
Minha alma sangrou eternamente

E agora vejo o fim novamente
Talvez um novo recomeço
Espero um dia esquecer que
Este meu ódio existiu

Deito-me agora em pleno silencio
Sangrando mais uma vez
Mas que pelas areias do tempo
Creio que o reencontrarei

Aquele que deixou de ser a anos
Agora retorna sobre uma leve brisa
Meu coração de gelo derrete mais uma vez
E por ti começa a bater de novo

Sombra noturna, sou
A vagar por esta noite estrelada
Esperando a alvorada

Do novo dia que irá chegar