Sala das vozes

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Perdida em Meus Pensamentos..

A vela se apagou
Com uma simples brisa
Leve e quase imperceptível
Mas que acabou levando tudo

Caminho agora entre a névoa
Sem rumo algum
Apenas a procura de paz
Mas sei que não encontrarei

Em passos lentos vou subindo os degraus
Noto que quanto mais avanço,
Mais o ar me falta
Oh agonia sufocante!

O vento gélido corta minha pele
Quase não ouço o som do silencio
Aqui, só vejo solidão
Caminho sem fim

A dor dentro de mim aos poucos cresce
Desesperadamente começo a gritar
Ninguém me escuta!
O meu fim é sozinho

Tudo mais uma vez se apagou
A solidão e a tristeza deram as mãos
E nesta corrente me encontro novamente
Sozinha e triste, clamando apenas pela morte

Poeta defunto sou,
Derramando o suco mais doce,
Da rosa mais linda

Entre minha alma outra vez...

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Mais Uma Vida

Sombras
Escuridão
Medo
Solidão

Vozes em minha mente
Atormentam-me
Machucam minha alma
Será isso um exorcismo?

Vejo o fogo sucumbir meu corpo desde os pés
Minha carne, aos poucos se torna pó
Cheiro de carne humana queimada
Meus pensamentos aonde foram?

De repente, tudo se apagou
E a sinfônica onda marinha toca meus pés
Aqui será o mundo real?
Onde estão todos?

O vento sopra em meus ouvidos
Sinto finalmente a paz,
Liberdade,
Posso ser quem eu sou

A pequena onda toca meus pés
Que prazer é este?
Tão delicada,
Pena, tenho, de tocá-la

Fecho os olhos
Tento não pensar em nada
Isso tudo é apenas o descanso eterno
Violinos soam ao fundo

E aqui em mais uma vida permaneço
Desta vez em plena paz
Do mundo real parti
Agora aqui é meu lugar.

Anjo de Gelo

E assim ele reza
Por algo que não existe
Sempre triste e sozinho
Segue pelo mesmo caminho

Ó anjo de gelo
Tão pálido quanto à luz do luar
Tão gélido quanto o sentimento que em mim remete
Mas tão belo quanto à noite

Descansa-te, ó anjo, neste tumulo
Sempre olhando para a morte
Triste com a vida
Mas alegre com a solidão

Calado sofre
Por alguém que já se foi
Lágrimas de sangue jorram de sua alma
Vindas do coração, congeladas também estão

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O Luto da Vida

Tudo eu tenho perdido no mar da solidão
Nada mais me resta
Tudo escapou como a densa areia entre os dedos
O que será de mim agora?
 
Sou apenas mais uma alma maldita, por aqui, a vagar
Os anjos choram por mim
Chamam-me para os céus
“Ai não é o meu lugar!”

Agora sou apenas uma alma que em luto traja
Sobre a sinfonia da morte
Pois sei que este é o começo do meu fim
Daqui partirei para a escuridão terrena

Arqueiro dos ventos uivantes
Traga-me a dor
Crave a flecha em meu peito
Sei que a paz não há de existir

Desfrutando da vida terrena
Sou apenas um anjo de asas quebradas
Apenas mais um fruto

De uma vida repleta de ilusão

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Destino Obscuro

Em um passado muito distante, existia uma lenda. Todos a temiam. Não a citava em publico.
O órgão maldito que tocava todas as noites quando todos estavam em puro êxtase do sono profundo, onde só se acordava, em plena madrugada nebulosa, com o som deste instrumento fascinante.
O musico, ninguém nunca viu, sua origem, não sabem. O castelo mal assombrado de Lord Louis, um rei cuja sua origem fora dada por um cruzamento de uma humana e um vampiro, deu-se a origem ao Lycan que era. Diz a lenda que um grupo de jovens se arriscou a entrar no castelo, e nunca mais saíram de la. Hoje ainda escutam seus gritos junto com o misterioso som do órgão.
Certa noite, estava sozinha, estava em um tédio incomum. Olhei para o castelo, em plena madrugada, as 3hrs, a hora em que todos ouviam aquele som misterioso, decidi caminhar até ele.
Um velho, me parou e disse que se eu seguisse enfrente, nunca mais voltaria. Eu, teimosa, jamais acreditaria em um bêbado todo maltrapilho que o qual era. Não dei ouvidos e segui enfrente.
No caminho escutei uma carruagem, estava se aproximando muito rapidamente. Cavalos negros, musculosos, de passos firmes, vinham numa velocidade extrema. Guiados por um cocheiro que tocava um violino negro, com uma melodia nada comum. Seus olhos eram alegres, como se estivesse retirando a melodia de tua alma, embora, como a mesma, a melodia que saia do instrumento era melancólica, mas era tocada com exatidão, como se ele quisesse que todos ouviam.
A carruagem, então, parou na minha frente, onde o cocheiro deu a ultima nota do violino. A porta abriu sozinha. Com receito entrei. A nota fúnebre do violino veio a tona, e os cavalos relincharam, galoparam até o castelo. Rapidamente, cheguei. Desci da carruagem, o barro era muito grosso, mas a neblina era densa.
Dei-me de frente com uma porta, alta, de aproximadamente uns 3 metros de altura. Também se abriu sozinha. Em pé ante-pé caminhei pelo hall de entrada, era lindo. Um lustre negro parecia cair do teto, em forma de gotas. O tapete, surrado, parecia que a muito tempo ninguém habitara ali.
De repente o som do órgão junto com os gritos dos jovens ecoaram até mim. Era tão fascinante que me hipnotizei, o que me fez segui-lo. Subi as escadas, que ao colocar meus pés sobre, rangiam. Os corredores escuros que caminhei, as salas secretas que entrei, tudo ali era maravilhoso, móveis coloniais, embora preservados, estavam muito empoeirados. O som estava cada vez mais perto, até que vi no fim do corredor, numa grande sala cheia de castiçais, todos negros, de velas que pareciam chorar. E eu o vi. Um aristocrata de vestes ricas, que ao contrario de toda a mobília, estavam limpas e em perfeito estado. Ao lado, estavam os jovens que desapareceram durante muitos séculos.
Um deles era o cocheiro, que ao dar a primeira nota em seu violino, todos começavam a seguir. Parei e me escondi atras de um pedestal e fiquei apenas observando. O cabelo daquele Lord parecia uma cachoeira negra que despejava em pleno rio sangrento.
Ao dar a ultima nota, levantou-se, e olhou para mim e disse:
-Venha até mim.
Estendi minha mão até ele, não senti medo, apenas admiração. Colocando suas mãos em meu rosto, pude ver seu olhar de apelo e solidão.
-Sois perfeita, sinto suas veias pulsarem, ouço o sangue passar pela sua artéria. Sinto o cheiro do mesmo. É como um vinho tinto. Sois Ardat?
Me perguntei como sabia meu nome, eramos de outra vida? Me assustei tanto que quando me dei conta, ja estava morta, apenas com uma cravada de dentes em meu pescoço. Meus olhos viram a plena escuridão. Tudo se apagou, o nada finalmente me fez sentido.
Amanheceu, e eu estava em casa, sentia meu coração bater, mas sabia que já estava morta. Levantei e me olhei no espelho. A palidez era tanta que nem pó compacto ajudava. O sol era intocável, me ardia ao olhar e ser tocada por ele. Fiquei trancada em casa até a meia-noite.
Para a surpresa de todos, o órgão havia tocado mais cedo, e eu novamente em êxtase o segui. E eu o vi na sala novamente com os jovens. "Então não foi um sonho". Eu fazia parte deles. Louis veio em minha direção com um violino, eu não sabia tocar, mas com a primeira nota do cocheiro, as notas saiam da minha mão como uma hipinose.
Eramos marionetes daquele Lord, ele nos criava e nos dava sangue apenas para tocarmos para ele. Quando toda a sinfonia acabou, apaguei novamente.
Na manha seguinte, estava em casa novamente, e fiz todo o percurso novamente na madrugada embora com o intuito de fazer a pergunta  de por que todos permaneciam acordados e apenas eu devo ir embora.
A hora então chegou, estava confusa, embora determinada. O percurso fora feito todo novamente. Antes da sinfonia acabar, eu acordei e sai da hipinose, e disse:
-Por que somos vossas marionetes? O que queres de nós? Porque devo ir embora enquanto todos permanecem acordados e adormecem aqui?
Ele caminhou até mim solenemente, seus passos vinham com o toque de uma caixinha de musica ao fundo, estava em um mundo psicótico. Olhou para mim e disse:
-Olhe para ti, sois perfeita, não merece ser castigada como os outros. Sois Ardat Lili, minha noiva, que retornou de outra encarnação mas que tem o coração prometido a outro.
Tudo em mim fazia sentido. Mas estranhamente eu o amava. Sentia algo por ele. Minhas vestes se transformaram em um vestido longo, vinho, com detalhes enegrecidos. "O que está acontecendo?" Disse a ele:
- Lord, eu sinto algo por ti, mas estou confusa. Naquela noite, a sinfonia soou mais cedo, o que houve?
- Eu queria poder te olhar por mais tempo, pois o sol da manha a mataria se ficasse aqui. Todos são como a Fênix, renasce das cinzas, mas você ainda é muito frágil, precisa de cuidados, precisa ficar segura, MiLady. Sabe estas vestes? Eram suas no passado. Seja minha rainha novamente.- Disse ele em tom fúnebre.
-Serei para toda eternidade MiLord. Se me permitir, é claro.
Estava confusa, mas era isso que eu queria sem pensar mais do que duas vezes. Em um beijo quente estávamos. O amor para mim fazia sentido novamente. Ele era tudo para mim.
Um tempo depois, minha vida acabou. Vi Louis ser morto com uma estaca no coração, e vários vampiros se degustando de seu sangue. Me senti um lixo, me desesperei. Mas todos vieram em minha direção, tive de fugir. Quando consegui despista-los, voltei ao lugar, sabia que era perigoso, mas eu precisava vê-lo. Cheguei bem perto deles, desejava que seus olhos abririam,  queria escutar seu ultimo suspiro, mas desta vida, ele não pertencia mais.
Hoje, sigo a eternidade em plena solidão, pois o único homem que amei se foi junto com o meu sentido de vida. Mas aprendi uma coisa: Se você foi forte para superar, então você é forte para seguir sozinho.

domingo, 22 de setembro de 2013

Os Anjos

Trajando em luto estava andando em meio a noite fria. Apenas observando o movimento da rua. Como solitária sempre fui, não tive medo de nada. Avisto pessoas correndo, evitando, ao máximo, se molhar com a chuva densa que caia.
De repente um grupo de pessoas, cujo o rosto não conseguia enxergar, chegam a minha volta e me cercam, aparentemente umas 20 ou mais. O susto e o panico fora tanto que desmaiei.
Um tempo depois acordei e me encontrei numa espécie de casa abandonada. O cheiro de ferrugem e podridão era impressionantemente forte. Logo a frente avistei um grupo de pessoas encapuzadas com um simbolo estranho, aparentemente um símbolo que parecia estar escrito "An".Uma delas virou e notou que havia despertado e veio até mim. Era noite ainda e não tinha como eu ver seu rosto. Junto com aquela criatura vieram os outros então.
Se prostraram diante de mim, como se fosse uma rainha. Disse um deles:
-Está pronta rainha? Nos permite vos despertar para a realidade?
E eu sem nada a dizer, senti algo sair de minhas entranhas e queimar-me como o fogo em meio a caldeira. Apenas senti que saiu de mim "faça-o agora" e tudo se apagou.
Sentia meu corpo queimando como se estivesse saindo uma chama de dentro de mim, estava em pleno fogo, sentia como se minha alma mortal estivesse queimando e estivesse vestindo a blusa de outra alma imortal que ja estava ali a muito tempo.
Assim como a chama veio, fora embora de repente. Me sentia mais forte e vulnerável. Desejei que todos estivesse mortos e num piscar de olhos, todos estavam caídos.
Segui meu percurso como se nada havia acontecido. Pelo mais incrível de tudo, o remorso não me veio no coração. Eu amava fazer aquilo. Eu tinha o controle de tudo. Eu era o controle de tudo.
Estava amanhecendo e o sol estava me cegando. Corri para casa e fechei todas as portas e janelas, esperei até a noite.
Quando a escuridão caiu, olhei para a janela e estavam todos ali parados novamente, me espantei de certo, mas sabia que eu, assim como eles, não era mais humana. Desci e perguntei o que queriam. Tudo o que me entregaram fora um sobretudo com o simbolo "An", bordado cuidadosamente, assim como nos outros, no couro. Perguntei o que significava. Todos se prostraram e apenas um disse:
-Você agora pertence aos Anjos, minha Rainha. Ressuscitamos você apenas para tomar conta de nos enquanto fazemos as rondas em busca de malfeitores.
-Mas o que são vocês? Eu vos matei ontem, e agora, vieram até mim como se nada tivesse acontecido.-Disse eu estupefata.
-Somos uma seita, defendemos os humanos dos malfeitores como ladrões, estupradores entre outros tipos, nos alimentamos do sangue e ódio dos mesmos. Logo descobrirá os vossos poderes, e triunfará como antes. Sois uma rainha, a nossa rainha.
Me senti importante como nunca antes. Estávamos, então, andando pelas ruas, quando avistávamos alguem fazendo o mau. Eles me disseram para me esconder no lugar mais escuro que eu encontrava. Teria que ser invisível se possível. Então escalei rapidamente um sobrado e fiquei em cima do telhado. E todos estavam dispersados, apenas observando o homem encapuzado que estuprava uma jovem. Quando ele a levou para casa e seguiu seu caminho sozinho, o cercamos. Eramos em 25, não havia escapatória.
-Não devia estar sozinho.-Um disse.
-Os anjos o observam, mas nem sempre estamos ao seu favor.-disse o segundo.
-Não se arrepende de seus pecados? - disse outro que estava em cima do muro logo atras do homem.
-Não sei o que são vocês, mas deveriam ter cuidado comigo.-disse o homem.
-Sério? Valentão até com os Anjos. Ahahaha!!!! Tenho pena de ti. - disse o homem do muro.
Todos os cercaram e o levaram para um beco, onde em forma de siringa, aplicou-lhe uma espécie de sonífero.
O homem que me entregou o sobretudo, cujo nome era Friederick, disse:
-Este é para sua estréia em nosso grupo, minha rainha.
O levamos para um matagal, onde não existia nada e nem ninguém. Amarramos o homem na árvore mais próxima. E esperamos ele abrir os olhos. Ocorreu então. Levantei-me e disse em voz alta:
-Vis videre quam mortem?- essas palavras saíram de mim como se não fosse eu. Não sabia, nem ao menos, falar latim.
Estão, o torturei. Cortei seus dedos, arranquei sua artéria, e por fim as fiz como se fossem canudos. O êxtase era extremo. Aquele suco incomparável passava pela minha garganta e esquentava meu corpo.
O remorso, por sua vez, não veio a tona. Então o levaram para um lugar e me pediram para ir, eu disse que não queria saber aonde o levariam, apenas que não deixassem pistas.
O sol ja estava nascendo, e eu estava quase me cegando. Disse a todos então que iria para casa.
Tudo naquela noite foi mágico, eu era um ser incomum. Uma espécie de vampira em busca de sangue e ódio, os fatores que me tornam forte.
Os Anjos vivem entre nós, nos lugares mais escuros que existem. Você não pode ver, você não pode toca-los, apenas pode senti-los. Eles te observam, meu caro. Apenas tome cuidado.
Vis videre quam mortem?

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Sem Sentido

Olhos do passado retornam
pois tudo a minha volta ja não faz mais sentido algum
Palavras ditas sem nenhum proposito
Demarcam o rastro de sangue da minha alma

Em vastos passos lentos estou a caminhar pelas ruas
As paredes estão com seu rosto marcado a sangue
Mas em meu peito
não existe mais um coração

Vejo que HUMANOS não são mais de se acreditar
Vejo que a morte está me dando a mão neste momento
Fria mas que me acalma
Me levara para o inferno

Me encontro agora em plena escuridão
Fecho meus olhos para o passado
Retorno-me para o presente
e abro os olhos para um futuro
bem próximo.

sábado, 24 de agosto de 2013

Asas da Escuridão

Vejo o mundo passar a minha volta
de forma inesperada tudo se foi
o vento levou minha alma
assim como minha vida.

A dor dentro de mim parece desgastar minha alma
como o oxigênio corrói o ferro
mas tudo isso só me deixa mais perto
do meu fim

As ondas do mar o levaram
junto com meu corpo,
porém ainda somos amados amantes
dançando em outra vida em pleno mar.

As estrelas estão roubando o brilho dos seus olhos
A escuridão cobre seu rosto delicado e doce
A noite é linda
pena que esconde sua perfeição

Nesta nova vida
me sinto perdida em você
Estou clamando pelo seu amor
Pode me escutar?

Você está frio
Parece que a morte o levara
Está aqui ainda?
Não me deixe.

Dê-me sua mão
Acolha-se em minhas asas
Te protegerei com minha alma
Com o calor do meu amor.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O Crepúsculo dos Inocentes

 O que será este sentimento em meu peito
que faz meu coração acelerar?
Será o amor?
Ou a ilusão da qual todos falam?

Por que dói?
Por que faz minha alma sangrar?
Quem sois tu que habita meu peito?
Por que por ti sofro tanto?

Que vontade de te-lo por perto a todo instante
Vontade extrema de abraçá-lo
O que é isto na sua face?
Por que este olhar tão rude?

Não me amas?
Não me queres?
Tu eras tão diferente no passado
O que te tornaste assim?

Acho que meu coração sairá de meu peito
Mas por algum motivo suspeito
que tu não sentes nada por mim
Este é o fim

Tão ingenua fui
Lutei tanto por ti
O que sou agora para vós?
Tudo se tornou pó.

Lembre-se de mim
Lembre-se de nós
Lembre-se do nosso amor
Lord dos meus sonhos

Agora habito neste crepúsculo sozinha
Sem ti, sem nada
Sem vida
Sou apenas uma poeta morta
Vivendo no mundo da escuridão
Com uma estaca em meu coração.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Olhos Do Passado

Sombras pairam à minha volta,
Até quando?
Tudo o que tenho são as malditas sombras do passado
E um lindo Luar que para mim não faz mais sentido algum

Meus sonhos foram mortos,
Minha vida, esquartejada,
Meu coração foi arrancado e jogado
No oceano negro e mais profundo

Meus olhos ainda pertencem ao passado
Queria poder evitar
Mas tudo me lembra você
Tudo me lembra o que fizestes comigo

Agora, sou apenas um cadáver
Atormentado em penumbra vida
Num lugar qualquer
Onde não perturbe teus sonhos
Os sonhos onde não estou

Ainda escuto sua voz
Soa como som de violinos em minha mente
Preciso agora viver o presente
O meu mais inútil presente
Que ainda permanece sem ti, oh Lord!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Um vampiro no século XXI

     Sozinho estou. Me deparo com tudo o que há de errado a minha volta. Estou louco ou vejo canibais se fingindo de humanos?Embora humanos seja um tipo de raça. Então essa espécie é canibal. Confusa está minha mente, prefiro enganar-me e fingir que está tudo bem.
     Minhas pernas doem, pois desde cedo estou andando, olha veja, um cemitério, um ótimo lugar para descansar.Não existe mais cemitérios abandonados, apenas muros de pedras erguidos a cima deles. Eles destruíram nossa historia. Ai ai! Humanos, humanos, porque sois assim? Devo parar de pensar, é confuso de mais para uma mente perplexa como a minha.
     Som de violinos, como me faz falta essas horas, já se passaram tantos seculos que me esqueci seu toque doce e suave, que acalmava meus ouvidos e me trazia a paz. Hoje somente som altos e ruídos estranhos vejo tocar em meio esse lixo.
     Hora de ir embora para casa. Santo Dio, o que é aquilo naquela casa. Uma caixa que fala e mostra imagens. Porque mostra mulheres nuas, sem traje algum. Quanta vergonha!O que o hoje virou?
     Oh meu nobre Castelo como sois lindo visto de tão longe, este portão com lanças, preservadas até hoje, mesmo depois de tantos séculos. Sim, esta é a minha casa, aqui é onde me sinto bem.
     Nossa é tão tarde assim?! Tenho que olhar minha musa inspiradora!
     Como estás linda nobre dama, com este traje tão brilhante, vestido branco. Ah Lua, um dia desejei que fostes uma dama humana, mas me enganei, se sobrevivesse no mundo que estamos hoje, desculpe-me, mas, a mataria. Não aguentaria ver-te nua naquela caixa. Bom vou recitar-te um poema:

Lua, minha querida Lua
Como podes ser tão bela
Sobreviver tanto tempo assim nesse céu azul brilhante
Sempre tão pura e excitante

Veste, minha querida
o mundo mudou
mas continuo sendo o mesmo Lord a quem vos recita este poema
continuarei sempre aqui, sem nenhum problema

     Gostaste?Me esqueci, tu não podes responder, mas ainda sois a unica que me entende. Pois neste vasto mundo onde parece um manicômio, onde ainda vive um vampiro solitário, só me resta você e o lixo humano do mundo.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Cemitério do Abandono

          Era uma noite escura, penumbra, onde apenas ouvia o canto dos corvos. A rua desaparecia em meio a neblina densa. Havia uma menina, misteriosa, de vestes negras e pele mais clara que a penugem da coruja que passara por ali. Seu sapato fazia ecos em meio asfalto.
     Seu destino era o Cemitério do Abandono, passaria a noite toda, dormiria em um túmulo e não se preocuparia com quem estivesse a sua volta.
     De repente foi surpreendida por um vulto, olhou, não viu nada de anormal, afastou-se e logo seguiu seu caminho. Novamente o vulto retornou, ela ignorou e voltou ao seu percurso, mas com rapidez, estava com medo, seu coração de fogo congelou e seu corpo ficou tremulo. Escutou uma voz, que disse:
     - Venha até mim, não tenha medo.
     Ela correu mais rápido do que pode, superou seu limite, seu sobretudo pairava pelo ar como se fosse as asas de um corvo em meio ao luar, sem ar, não aguentou, não conseguia respirar, por mais que tentasse, sem oxigênio caiu em meio a guia do asfalto e não viu mais nada.
     Um tempo depois, acordou em cima de um túmulo, a seu lado, uma carta. Abriu então aquele papel tão delicado mas com uma precisa gota de sangue seco. Distraída estava olhando para o papel, algo lhe tocou, de tanto medo, esquivou-se e não olhou para trás, ficou imóvel por um tempo. A mesma voz fúnebre soara em seu ouvido novamente, desta vez com um ar esperançoso:
     - Ajude-me, preciso de ti.
     A jovem novamente correu pelos arredores do cemitério, mas a agonia tomava conta de ti, pois não achava o caminho para sair de tal tormento.De repente algo a lançou contra a parede onde a mesma bateu com toda a força, por um momento pensou em estar completamente paralisada, mas logo tomou sustento em suas pernas. Olhou para aquela figura horrenda de rosto sujo e pele pálida, embora delicada, com olhos pedindo apelo.
     Chegou perto dela, pegou em suas mãos, seu toque era frio, ela pode sentir o que era a morte.
     -O que você quer de mim, diga logo, não aguento mais, minha alma ja se esgotou, se quiseres me levar para o inferno, leve, mas por favor acabe com o meu tormento - disse a menina esgotada.
     - Não, minha nobre garota, o inferno é o proprio aqui. O inferno é o que eu vivo, dias após dias querendo apenas encontrar a luz da qual todos dizem, buscando o sossego e o sono eterno. - disse a pobre alma.
     - Mas porque ainda não encontrou?-Perguntou a jovem.
     Ele chegou perto de ti, olhou em seus olhos e disse:
     -Por causa de apenas uma coisa, o amor. Sim, minha querida mortal, pensas que quem morre, encontra a luz direto, não é bem assim. Estou aqui por causa que não consigo um funeral digno a minha amada. Não consigo ve-la daquele jeito em decomposição, não suporto vê-la tão destruída. Ajude-me eu vos peço, por favor.
      -Acalme-se, darei um jeito.
     A menina, confusa, mal conseguia se mexer por causa da colisão com a parede, mas seu coração era nobre, cavou então um buraco, pegou o corpo que já estava em decomposição avançada, e la colocou. Tampou e colocou uma rosa.
     - Sabe esta rosa? Serve para lembrar de como ela fora em vida, delicada e viva. Mas que um dia mexeram em sua estrutura e o pior lhe aconteceu. O que quero dizer é que, todos somos que nem uma rosa, vivos por fora, mas delicados por dentro. Para o fim chegar para nos, basta apenas nos balançar que aos poucos no decompomos e viraremos pó para todo o sempre.
     Um raio de luz se transformou em fogo em volta ao tumulo, com o susto a jovem pulou para trás, e como uma fênix renasce das cinzas, a amada daquele pobre rapaz surgiu em meio as chamas. Pegou sua mão, e o levou direto para debaixo da terra.
     Em panico, a pobre menina correu para a frente do cemitério achando a saída e voltando o mais rápido que pode para sua casa e de la não saiu por um bom tempo.
     Passado 5 anos depois, a jovem que virara uma mulher, sofrera uma morte na família, sua mãe morrera, e o destino do seu corpo era o Cemitério do Abandono. Ao ver enterrando-a, chorou, e fora levada pelos parente para longe dali. Seguindo pela estrada de terra, avistou a um tumulo uma carta. Disse aos parentes para seguirem que ela estava melhor e que queria ao menos ficar sozinha por alguns instantes.
     Os parentes se afastaram, e em seguida foi sentido ao tumulo, abriu a carta. Escrita a sangue, mas em papel tao delicado, dizia:
"Obrigado por me dar o sossego eterno."
     Sua alma sangrou mais uma vez, e embora dali se fora. Onde nunca mais souberam de nada. Quem sabe ela pode ou não estar escrevendo este conto ou ao menos estar olhando para você neste momento. Nada se sabe sobre o outro lado da vida!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Aquela Dor

Sua pele era pálida
Gélida, mas mesmo assim dentro
desta caixa continuava linda
Tal como a vi pela primeira vez

Como queria poder dar-te o ultimo beijo
Como queria poder sentir seu calor
Como queria poder saber que quando eu chegasse em casa
estivesse me esperando com aquele esplêndido sorriso.

Você se foi, mas agradeço-lhe
Por ter me deixado seu pequeno pedaço
O Fruto do Nosso Amor

Terei de ser forte
Será difícil eu sei
Você se fora
Mas sua lembrança, não

Sei que toda vez que me deitar
Olharei para o lado e me sentirei só
Mas permanecerei vivo, não por mim
Mas pelo nosso pequeno grande fruto.

Se fossemos criança pela eternidade
Tudo seria mais fácil
Tudo seria inocente
Tudo seria figurativo
Mas infelizmente nos resta a realidade
Serei forte por ti, meu amor
Esteja onde estiver
Um dia vamos nos encontrar
Embora a saudade seja extrema

Mas antes ter a saudade 
do que a tristeza
Permanecerei forte
Forte o bastante para lembrar-me dos
momentos felizes que passamos juntos

Você se foi
Mas a lembrança ficou
Assim como o amor sincero
que sentia e ainda sinto por ti

Cuide de nós
Lembre-se de mim
Visite-me em meus sonhos
Pois te amarei eternamente

"Poesia dedicada a um homem que hoje não conheço pessoalmente mas que um dia ei de conhecer, perdeu seu bem mais precioso, mas o fruto deste amor intenso ficou, e este terá de ser forte para superar as pedras e as lembranças que virão mais para frente, mas lembre-se de uma coisa Reinaldo: Saudade sim, Tristeza JAMAIS. Erga essa cabeça e siga em frente pois sei que ela esta lá olhando por ti e espera o mesmo."

Caixinha de Musica

A criança sombria observa a caixinha de musica
Escorre sangue de sua alma
Ela não demonstra, por isso não sei
Parece que nunca derramou, se quer, uma lagrima

Talvez ela guarda seus sentimentos
Talvez não escuta ninguém
Talvez vive em plena solidão
Talvez a muito tempo está morta

Morta ou viva não sei
Sua palidez não significa nada
Será que toma sol?
Ou nem o sol faz mais sentido em sua vida..

Dizem que ela desistiu totalmente do amor
Talvez ele nunca existiu para ela
Viveu em pleno horror sua vida inteira
Creio que lembranças vem à sua mente
Sempre toda noite escuta a musica da caixinha
Do qual aparenta ter centenas de anos
Mas que a faz voltar a ser criança, novamente

Somente a caixinha faz sentido em sua vida
Talvez a "criança" se comporte como a mesma
Fechada e calada por fora
Mas por dentro toca uma música fúnebre e triste em sua alma.

Lagrima da Solidão

Tive tanta certeza de que isto aconteceria
Fantasmas me atormentam agora
E o minucioso cântico das sombras
Retorna novamente

Estou à procura de um lugar frio
Que só reflita a luz do Luar
E as árvores, que ali habitam,
Onde só se ouve o uivo dos lobos

Quero apenas um lugar perfeito onde eu possa ficar
Tranquilo, calmo e escuro onde não exista ninguém
Pois posso esperar pela minha morte,
Se é que ela existe.

Não degusto mais de poupas de frutas,
Não degusto mais de carnes de animais,
Mas o delicioso elixir do sangue humano
quero beber cada vez mais

Só agora percebo que a Eternidade é um privilégio,
Mas do que adianta pela morte clamar,
Já que para mim não há de existir jamais?

Solitária estou a trajar em luto
Ando por uma rua escura
Será ela a estrada para a imortalidade
Ou apenas o começo do meu fim?

Por mais que eu tente não posso morrer
As feridas se cicatrizam
Meu corpo se decompõe, mas com o sangue se regenera
Mas meu pulmão não tem mais ar
Meu coração não bate, mesmo assim se parte
Deixando apenas a lagrima solitária rolar.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Agonia Resplandecente


Sinto-me sozinha
Abraçada a escuridão e coberta pela tristeza
Nunca vi tanto desprezo e tanta frieza
Sim, estive assim, e sempre estarei sozinha pelo resto da eternidade.



Todos me deixaram
Somente o nada restou para mim
O que me resta agora
É somente o começo do meu alegre fim



Lagrimas derramei demais
A tristeza deixei para trás
A sinfonia fúnebre não escuto mais.
Agora meus braços se quebram na gigante pedra
O sangue joga em meio à queda
E meu alegre e tão puro coração, finalmente se quebra...

domingo, 13 de janeiro de 2013

Um Amor, Uma Vida

Oh, nobre dama da ópera,
Como por mim fostes se apaixonar?
Oh, milady que trazes o amor,
Um fantasma cruel, a quem sou.

No mais belo canto me encantaste,
Da minha, nasceu tua voz,
Inspiração mórbida e provocante,
Que soa num ritmo sensual.

Oh, anjo da musica, que
A ti foi entregue meu coração,
Dos mais belos versos,
Uma doce e misteriosa canção.


Entre as cordas do violino                               
Chorando seus lamentos,
Dou minha vida a ti,
Nessa poderosa intoxicação.

Um amor, uma vida,
A ti prometi em oração,
Minha musica perdida,
Encontrei em seu coração.

                     


Por: Louis (Lord Lui)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Somente Um Motivo

Como um corvo em meio a chuva, estou a gritar
pela falta de sua presença começo a agonizar
volte para mim o mais rápido que puder
para eu finalmente me sentir uma verdadeira mulher

Preciso ouvir novamente aquela canção
mas somente sua voz acalma meu coração
Ao som de Dark Sanctuary sua imagem me aparece
mas daria de tudo para que ela fosse real

Preciso te tocar, preciso te sentir
pois sem ti não tenho motivos para prosseguir
Venha para perto de mim,
é tudo o que tenho a pedir.

Perdido Me Encontro

Aos luares noturnos

Ouço sua voz sob meus tímpanos
Ela me tem toda inocência perdida
Fazendo-me puro novamente

Sem você junto a mim
Sou igual a cinzas
Não há nem forças para respirar
Tão pouco para lutar pela própria vida

Perdido me encontro sem amor
Vazio e sem carinho
Apenas gritando seu nome
Pois não esta junto a mim

Olho para o nada 
Porém acredito  que é hora de fechar os olhos
Apenas para te ver em meus sonhos

Por: Louis (Lord Lui)

Apenas Raiz

                                                                                                                       
Dentre as sombras que atormentam meu passado
Estou sozinha, com frio e cansada
Ele se foi e aqui me deixou
Solitária como uma única rosa que não desabrochou

Parada me encontro numa estrada escura sem fim
Somente o nada restou para mim
Não tenho motivo para seguir mais
Pois sei que não encontrarei a tão sonhada paz

Olho para frente vejo a neblina,
Olho para trás vejo um penhasco,
Olho para os lados, um vazio vasto

O silêncio me acolhe
A tristeza e a agonia dão-se as mãos
e a morte me acolhe em perfeita gratidão
Viro-me em direção ao penhasco

E quando olho para baixo, vejo a salvação
Atiro-me sem ao menos um segundo pensar
Sinto somente o vento me tocar

Com os olhos fechados tudo em minha mente se passa
Seu cheiro fúnebre em mim se espalha
E o corpo de alguém que um dia foi feliz
Como uma árvore cortada, restou-se apenas a raiz.