Sala das vozes

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Lagrima da Solidão

Tive tanta certeza de que isto aconteceria
Fantasmas me atormentam agora
E o minucioso cântico das sombras
Retorna novamente

Estou à procura de um lugar frio
Que só reflita a luz do Luar
E as árvores, que ali habitam,
Onde só se ouve o uivo dos lobos

Quero apenas um lugar perfeito onde eu possa ficar
Tranquilo, calmo e escuro onde não exista ninguém
Pois posso esperar pela minha morte,
Se é que ela existe.

Não degusto mais de poupas de frutas,
Não degusto mais de carnes de animais,
Mas o delicioso elixir do sangue humano
quero beber cada vez mais

Só agora percebo que a Eternidade é um privilégio,
Mas do que adianta pela morte clamar,
Já que para mim não há de existir jamais?

Solitária estou a trajar em luto
Ando por uma rua escura
Será ela a estrada para a imortalidade
Ou apenas o começo do meu fim?

Por mais que eu tente não posso morrer
As feridas se cicatrizam
Meu corpo se decompõe, mas com o sangue se regenera
Mas meu pulmão não tem mais ar
Meu coração não bate, mesmo assim se parte
Deixando apenas a lagrima solitária rolar.

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