Sala das vozes

sábado, 3 de março de 2012

A Garota do Hospício

Era como se tudo ficasse quieto. Era como se tudo fosse
coberto pela escuridão. Mas que apenas se escutava o gotejar de água caindo lentamente naquele frio e misterioso corredor.
Christine, uma menina com problemas psicóticos, estava caminhando por ali, de vestes brancas, pés descalços e o cabelo ondulado negro até a cintura. Estava fugindo dos médicos, com medo de ser presa a camisa de força.
De repente, ela sentiu como se tivesse alguém observando ela. Olhou para trás e não viu nada. Mas quando se virou, Bruna estava ali, parada, com uma cara assustadora, olhando para ela. De cabelos louros, olheiras, sangue saindo do canto de sua boca e vestes iguais a de Christine, estava
segurando uma seringa com Heroína.
- Vamos querida. Junte-se a mim e seremos felizes como nunca fomos.- disse Bruna com um tom ameaçador.
Christine ainda estava escutando os passos dos médicos, quando, sem exitar, jogou Bruna contra a parede. Bruna, por sua vez, despertou seu extinto de vingança, correu atras da pobre psicótica com vontade de espetar aquela seringa e descarregar todo seu ódio. Mas antes de dar o 10º passo, fora pega pelos médicos e levada com uma camisa de forças.
Christine, por sua vez, escorregou em meio ao denso lodo, caiu contra o chão e foi patinando até o fim do corredor. Se não fosse uma caixa de madeira pesada, estaria morta por uma lança que atravessaria seus pulmões e a mataria sem dó.
Acabara sendo levada pelos médicos, da mesma forma que Bruna fora. Um dos médicos deu calmante com uma seringa e logo desmaiou. Acordou 3 horas depois numa cela clara, onde só se escutava os sons dos ratos, o pior não era isso e sim o cheiro de urina humana.
Christine desesperada batia sua mão contra a porta, até que abriram e a levaram para o quarto. Chegando la, viu que Bruna estava também.
-De mim, você...não...escapa...vadiazinha!!- disse Bruna.
Christine só então percebeu que se obedecesse todas as normas do hospital poderia ir embora daquele inferno.
Tomou a iniciativa. Saiu de la 3 meses depois, por se fazer de bem. Voltou para casa. Mas depois ninguém mais soube da vida dela. Mas há suspeitas. Que sua vida psicótica ainda permanece intacta trancada no mais fundo porão da casa de seus pais.