Sala das vozes

terça-feira, 11 de novembro de 2014

A Dama da Escuridão

Tão solenemente ela anda
Com um véu negro sobre a face
Quase nada se vê por trás dele
Apenas aqueles olhos esbranquiçados

Aparece apenas de noite
Quando as sombras pairam por todos os lugares
O desespero dos olhos humanos
são inspiradores quando ela os toca

Assim como a desilusão
Estampada em tuas almas
"Eu matarei seu sorriso
como sua alegria"

A Dama da Escuridão está a caminho
Sozinha ela age
Derramando suas lágrimas de puro desespero
Perante a mim

Ajoelhe-se diante a mim
Sou eu quem deves temer
Sou a Senhora da Morte
Sou Lilith

Eu a vi junto às flores pútridas
Cantando com sua voz mórbida
Eu sempre abri meu coração
Mas você sempre estava longe

:.Uma Única Noite.:

Deito-me ao seu lado
Seu rosto lindo
Puro quanto a noite
Gélido como a névoa

Ja são 3 da manha
E não paro de olha-lo
Parece um sonho
Daquele que não desejamos o fim

Finalmente pego no sono
Me vem imagens quase que amorfas
Ele está se despedindo
Aquele beijo parecia ser de adeus

O dia amanhece
E lá está ele
Do mesmo jeito
Espere!!!

Seus lábios roxos
Será que...?!
Não pode ser
Acorde! Por nós!!

Como sois fria, oh Dama da Noite
Senhora dos servos inocentes
Era apenas uma noite
E tiraste-me-o de mim

Tomo-o em meus braços
Minha alma sangra pelos olhos
-Sua respiração, um sinal, por favor
Nada parece resolver

Lembro-me apenas da caixa
Negra com detalhes dourados
E tu estava dentro
Quero acredita que é apenas um sonho profundo

A casa, agora vazia,
Predomina teu perfume
Tenho que traçar novos caminhos
Mas sem ti, nos meus braços?! Jamais

Meu pequeno principe
Estejas onde estiver
O tempo me levara a ti
E uma nova história iremos escrever

Nestas verses aqui declaro minha dor
Me encontro perdida
Escondida de tudo
Perturbada pela solidão

Fecho meus olhos
e te vejo, meu anjo
Eu te toco
mas não te sinto

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Quem sou?!

Encontro-me em meio a carnes e farrapos,
Perdida entre o real e a fantasia,
Entre a morte e a vida,
Entre o fracasso e a vitória

Qual caminho a seguir?
Que sou agora?
Por que min'alma sangra sem motivo?
O que restou de mim?

Se eu fechar os olhos
Tudo terá se tornado apenas um breve sonho
ILUSÃO!

Acolho-me em suas asas Lilith Imaculada
Peço-lhe para tirar-me deste sofrimento
Peço-lhe que me tire deste castigo eterno

ME MATE!!


Adeus!

Vastos pensamentos passam pela minha mente
Onde estas agora?
Por que não enxerga que eu o amo?
Me arrependo do que fiz..

Tenho te visitado em sonhos,
mas tu não deposita teus olhos em mim
Então não passo de apenas uma alma
Uma alma fria, triste e calada

Oh gloriosa morte!
Santa Melancolia!
Deusa da escuridão que me ludibria
me acolha em teus braços 
Livre-me deste sofrimento

O que é isto em minhas mãos?
Sangue?
Sim sangue, 
Límpido mas que jorra de min'alma

Amo-te,
mas tu não enxergas,
e aqui me despeço aos poucos do mundo
dia após dia

Abro meus olhos
Tudo o que vejo é apenas uma forte luz
Tenho a esperança de te encontrar
mas não, é apenas um breve sonho

Mas nele habita tua essência,
A mesma que deixaste em meu coração
Porem hoje 
Habita apenas um vazio e um adeus...

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O Vento Frio do Desamor

Naquele dia, à meia-noite
A sinfonia noturna soou novamente
Mas desta vez diferente
Triste e sublime

Esbanjando dor e sofrimento no ar
Solidão e tristeza
Mas tinha algo inédito
O desamor estava vivo novamente

Todos pelas ruas chorando
Derramando de dentro de sua alma
Embora calados
Embora frios externamente

Seres noturnos que sempre viveram por entre as sombras
Hoje na luz vêem que tudo o que queriam
Tornaste um pesadelo
Sozinhos e calados, sofrem

Escrevo estas verses a sangue
Pois cada gota que sai da minha alma
É um sofrimento dentro do meu coração
Que não para de sangrar

Por mais que eu GRITE!
BERRE!
ENLOUQUEÇA!
Tudo retorna novamente

Mas por alguma razão
Neste mundo sombrio
Ainda sinto o amor

Eu ainda te sinto

Lágrimas de Sangue

E o vento soprou naquela tarde fria de inverno
O que despertou em mim a chama do inferno
O ódio escondido em mim agora está desperto
As cinzas da minha alma estão a cair
 
Todo o amor que eu tinha,
Escoou-se pela minha face
Através de lágrimas de sangue
Minha alma sangrou eternamente

E agora vejo o fim novamente
Talvez um novo recomeço
Espero um dia esquecer que
Este meu ódio existiu

Deito-me agora em pleno silencio
Sangrando mais uma vez
Mas que pelas areias do tempo
Creio que o reencontrarei

Aquele que deixou de ser a anos
Agora retorna sobre uma leve brisa
Meu coração de gelo derrete mais uma vez
E por ti começa a bater de novo

Sombra noturna, sou
A vagar por esta noite estrelada
Esperando a alvorada

Do novo dia que irá chegar

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Cadáver Noturno

Oh Escuridão por que tanto me acolhe?
Por que tanto assusta os mortais?
Por que sempre o choro noturno
acontece a cada badalada da meia-noite?

Está ele me chamando?
O vento que toca em mim
é tão gélido quanto minha pele desnuda
deixando-a ainda mais fria

Me sinto flutuando
Mesmo estando em chão firme
Terá algo que eu ainda ha de temer?
E tudo se escurece novamente

A tristeza toma conta de mim
O motivo pelo qual escrevo estas verses
A solidão me abraça
e o desejo de morte me ameaça

Estas verses provém de um suicídio?
Se for, espero que a morte chegue rápido
E me leve para a escuridão divina
Onde apenas a luz do luar ilumina vasto lugar

Deito-me agora neste negro chão
Banhado pela noite e pelo cobertor cravejado de diamantes
Fecho meus olhos com as mãos sobre o peito
Onde uma leve brisa toca-me suavemente

Sou apenas um cadáver descarnado
Apaixonada pelo Luar
Que agora descansa eternamente
Pela escuridão da vida terrena