Sala das vozes

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Cadáver Noturno

Oh Escuridão por que tanto me acolhe?
Por que tanto assusta os mortais?
Por que sempre o choro noturno
acontece a cada badalada da meia-noite?

Está ele me chamando?
O vento que toca em mim
é tão gélido quanto minha pele desnuda
deixando-a ainda mais fria

Me sinto flutuando
Mesmo estando em chão firme
Terá algo que eu ainda ha de temer?
E tudo se escurece novamente

A tristeza toma conta de mim
O motivo pelo qual escrevo estas verses
A solidão me abraça
e o desejo de morte me ameaça

Estas verses provém de um suicídio?
Se for, espero que a morte chegue rápido
E me leve para a escuridão divina
Onde apenas a luz do luar ilumina vasto lugar

Deito-me agora neste negro chão
Banhado pela noite e pelo cobertor cravejado de diamantes
Fecho meus olhos com as mãos sobre o peito
Onde uma leve brisa toca-me suavemente

Sou apenas um cadáver descarnado
Apaixonada pelo Luar
Que agora descansa eternamente
Pela escuridão da vida terrena

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