Sala das vozes

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A Escuridão

A chuva que derrama sobre mim trás a sensação de que estou me aquecendo, como se estivesse num inverno rigoroso. Olho através da janela e tudo o que vejo são gotas de diamantes caindo pelo asfalto.
Me deparo com a noite, onde trás a viúva e seus seguidores, mas tudo parece tão solitário e sozinho.
Ao lado, um cemitério, do qual faz junção ao muro de meus aposentos, o doce ardor de decomposição me trás a lembrança pessoas que se foram, embora seu corpo vivo permanece, em mim o amor ainda prevalece.
Um doce beijo nesta chuva seria apropriável neste momento, nunca pensei que fosse fazer tanta falta a minha vida.
Talvez o espirito do doce anjo da musica está descansando no vale dos mortos, um dia, talvez, quem sabe, acorde, mas nada é impossível.
Vampiros ressoam pela noite a comunhão, daqui ouço clamarem pelo meu nome através do seu cântico de sangue, mas não quero lembrar que um dia fui aquele monstro.
Pois somente quem vivenciou as sombras sabe que na escuridão nada se
cria tudo se transforma.

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