Sala das vozes

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Um vampiro no século XXI

     Sozinho estou. Me deparo com tudo o que há de errado a minha volta. Estou louco ou vejo canibais se fingindo de humanos?Embora humanos seja um tipo de raça. Então essa espécie é canibal. Confusa está minha mente, prefiro enganar-me e fingir que está tudo bem.
     Minhas pernas doem, pois desde cedo estou andando, olha veja, um cemitério, um ótimo lugar para descansar.Não existe mais cemitérios abandonados, apenas muros de pedras erguidos a cima deles. Eles destruíram nossa historia. Ai ai! Humanos, humanos, porque sois assim? Devo parar de pensar, é confuso de mais para uma mente perplexa como a minha.
     Som de violinos, como me faz falta essas horas, já se passaram tantos seculos que me esqueci seu toque doce e suave, que acalmava meus ouvidos e me trazia a paz. Hoje somente som altos e ruídos estranhos vejo tocar em meio esse lixo.
     Hora de ir embora para casa. Santo Dio, o que é aquilo naquela casa. Uma caixa que fala e mostra imagens. Porque mostra mulheres nuas, sem traje algum. Quanta vergonha!O que o hoje virou?
     Oh meu nobre Castelo como sois lindo visto de tão longe, este portão com lanças, preservadas até hoje, mesmo depois de tantos séculos. Sim, esta é a minha casa, aqui é onde me sinto bem.
     Nossa é tão tarde assim?! Tenho que olhar minha musa inspiradora!
     Como estás linda nobre dama, com este traje tão brilhante, vestido branco. Ah Lua, um dia desejei que fostes uma dama humana, mas me enganei, se sobrevivesse no mundo que estamos hoje, desculpe-me, mas, a mataria. Não aguentaria ver-te nua naquela caixa. Bom vou recitar-te um poema:

Lua, minha querida Lua
Como podes ser tão bela
Sobreviver tanto tempo assim nesse céu azul brilhante
Sempre tão pura e excitante

Veste, minha querida
o mundo mudou
mas continuo sendo o mesmo Lord a quem vos recita este poema
continuarei sempre aqui, sem nenhum problema

     Gostaste?Me esqueci, tu não podes responder, mas ainda sois a unica que me entende. Pois neste vasto mundo onde parece um manicômio, onde ainda vive um vampiro solitário, só me resta você e o lixo humano do mundo.

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